quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Silêncio

O mesmo frio que me enregela o nariz, faz com que pare de escrever.
E isso é mau e bom, respectivamente.

Tão ignorante que nem sei que não sei

Esboço um sorriso sempre que ouço (ou leio) alguém falar do que não sabe.
É óbvio que o sentimento de pena vem a acompanhar o sorriso mas, ainda assim, fazem-me rir. É bom.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Alternativas

Preciso de ouvir, sentir, dizer e ver coisas diferentes.


Speechless

Como não tenho inspirações destas:




Esta imagem serve...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Salvas ao Salvador

Salvador - Ser Feliz Assim é um livro de Salvador Mendes de Almeida e de António Paisana.

Considero-o um livro técnico e dar-lhe-ia o título de "Pedagogia do Viver".

Ele falou-me tanto de ti e eu nunca te julguei tão consciente. Nas palavras de João Lobo Antunes com o qual não poderia concordar mais: "... como se a intensidade da tragédia que viveu lhe tivesse acelerado e o tornara precocemente sábio".

Uma bela surpresa que fiz questão de degustar em hora e meia, desprezando o CSI que passava na televisão.

Uma sensibilidade, uma forma de escrever pensamentos, uma sinceridade comoventes e próximas do comum leitor.

Emociona e dá que pensar.
Vale a pena comprar e deixo aqui alguns dos meus excertos preferidos para vos abrir o apetite :)


"Antes já lhe tinha pedido para me esticar as pernas... - fez uma pausa, profunda, grave, como que regressando ao local
e ao tempo do acidente - ... e eu já tinha as pernas totalmente esticadas... - Concluiu com voz tremente (...)."

"(...) Lembro-me também, como se fosse hoje, de sentir que o céu estava apenas a um palmo de distância, que se eu quisesse poderia tocar as nuvens, sentir a sua textura, e que no instante preciso em que me preparava para o fazer, os meus braços continuavam pregados ao chão (...)."

"Senti inveja. Quem me dera ser paraplégico (...)."


"(...) Apesar disso nunca me passou pela cabeça ir ajudar um desconhecido. Por exemplo, perder uma tarde com os meus amigos na praia para ir ajudar crianças ou pobre, ou algo do género. Acho que as pessoas que o fazem, sem que tenham passado por experiência realmente marcantes, são pessoas que devem sentir uma vocação especial, um chamamento interior imperceptível aos outros. Acho que essas pessoas, que encaram a vida com espírito de missão, têm um valor enorme, e que muitas vezes não é devidamente reconhecido. É muito difícil sairmos de nós próprios, darmo-nos aos outros sem esperar nada em troca..."

"- Sim... para mim, quando não tenho alguém por perto, torna-se angustiante. Só para veres, às vezes, se estou em casa sozinho com o Lúcio (enfermeiro), se me apetece qualquer coisa da rua, por exemplo um McDonalds, que é mesmo aqui em baixo, demoro bastante tempo até que me decida a pedir-lhe para lá ir... Não sei porquê, mas ponho-me a imaginar que nesses minutos, em que fico sozinho, possa acontecer alguma coisa que eu não consiga resolver..."


UPDATE:

Podem consultar o site da Associação do Salvador onde encontram, também, os seus contactos:

Rua Alexandre Herculano nº 2 – 3º Dto.
1150-006 Lisboa

Tel.: 213 514 808
Fax: 213 514 809

Email: info@associacaosalvador.com



sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Reflexão (7)

Não há ninguém que não se dê demasiada importância.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Dispensava

Conseguimos tratar as pessoas como se de alimentos se tratassem. Conseguimos dispensar o convívio de determinadas pessoas até que um dia nos lembramos ou precisamos de alguma coisa e voltamos a "chamá-las"para junto do nosso restrito (e quase sempre lucrativo) núcleo de pessoas com quem falamos.
Conseguimos pôr x ou y na despensa até nos apetecer "dar uma trincadela".
Ficam na despensa porque andamos ocupados, tristes, stressados, cansados, felizes, bem-dispostos. Ficam na despensa quando não precisamos de uma palavra amarga ou quando deixamos de precisar de uma palavra doce.
Mantemos a distância quando nos convém. Manipulamos e somos manipulados.
Somos cruéis.
Que dispensável despensa.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

self destructing

Se, por um lado, a auto-crítica me incita a melhorar... Por outro, magoa-me mais do que a crítica dos outros.

domingo, 18 de novembro de 2007

"Implicitismos"

Não. Já não tenho pachorra para subentendidos ou acções implícitas.
Falem. Digam. Ataquem. O que for.
Mas que se perceba! Que não dêem azo a "pensei que" "parti do pressuposto que" "assumi que" (...).
É assim que faço e é assim que gosto que façam comigo.

Three R's

Há posts que podiam ser reciclados.
Não. Há posts que deviam estar sempre no header do meu blog... Ou na minha testa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Teimosia?

Todos nós mudamos.
Mudamos de casa, de amigos, de namorados, de carro, de hábitos, de roupa, até de princípios.
Normalmente, mudamos o que não é preciso mudar mas insistimos em não conseguir mudar o que precisamos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Reflexão (6)

Às vezes, só nos conseguimos afirmar quando negamos.

Porque a arrogância é intrínseca ao Homem

"Duas verdades em que os Homens em geral nunca acreditarão: a primeira, a de não saber nada, a segunda, a de não ser nada (...)"
Giacomo Leopardi

É tão fácil criticar os críticos

Tenho cá para mim que a profissão de crítico/a deve ser muito chata. Chata, aborrecida e criticável.

Eu não tinha a capacidade de criticar algumas pessoas quando não sou melhor que elas. Mas isto sou eu.

Hum... ou então são mesmo melhores do que todas as pessoas que criticam e, nesse caso, eu quero ser crítica.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Para esquecer!

Mau dia:

É ter um dia atarefado, é não ter tempo para almoçar, é apanhar tanto trânsito a voltar para casa que apetece gritar, é passar por dois acidentes, é estar à porta do prédio e sentir alguém no meu encalço (expressão escolhida a dedo para intensificar a narrativa dramática:p) e ouvir um assustador "se eu tivesse a tua idade...", é não aceitarem a minha justificação de cansaço para não sair (...).
Hoje não estou nos meus dias!

Já agora... o tempo que estive no trânsito acabou por se revelar produtivo... Aqueles senhores de fatinho que estão sempre agarrados ao tlm não têm uma vida assim tão atarefada. Aqueles minutos intermináveis que passam ao tlm é a jogar! Pois! Vi eu, ninguém me contou! :)

Antipatias

Há quem diga que o plágio é a forma mais pura de elogio.

Pode ser que isso explique a minha embirração por elogios.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Receita...

para não ser e não se parecer estúpido:

Se não tens nada de jeito para dizer, cala-te!

Uma receita tão básica mas tão pouco usada...

(se ao menos eu a usasse.. :/)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Herege

O amor platónico é puro, original, belo, casto. É amor.
Mas não é para mim.
Eu não perco a pureza de prezar o pecado.

Afazeres

To-Do list:

1. Fazer a To-Do list;
2. Fazer as coisas que escrevi na To-Do list...


domingo, 11 de novembro de 2007

Reflexão (5)

"Carpe diem" é só uma expressão latina.
O que a torna diferente é o facto de toda a gente a dizer mas ninguém a seguir.

Utopia

Eu tenho um sonho:

Eu sou lésbica e estou-me nas tintas para os homens. Não quero saber o que eles pensam ou dizem. Não os aturo, não me atingem.

Eu tenho um sonho alternativo:
Eu não sou lésbica mas não me importo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Conflito cinematográfico

- Qual é que queres ver, afinal?
Preferes o Elizabeth ou Invasão?
Acho que Elizabeth tem mais a ver contigo... Se bem que às vezes também és um bocado alienígena...
Isto é um elogio!

- Deve ter sido o piropo mais original do mundo!


Discrepância

Não sou aquilo que deveria ser e tão pouco faço as coisas que deveria fazer.
Há uma disparidade enorme entre o que quero e o que tenho, entre o que digo e o que devia dizer.
Não devia ser tão rigorosa como sou.
Mudava muita coisa.
Mas ninguém é o que devia ser.
Sou apenas mais uma neste universo divergente e isso é bom. Pertencer a alguma coisa nem que seja às coisas que não são mas que deviam ser.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Máquina do tempo

Queria viver naquele tempo.
Queria saber como é um homem que tem pudor ao ver os tornezelos de uma mulher.
Queria saber como é um homem esperançoso por ter apenas um abano de leque, durante a missa ,autorizando-o a escrever uma carta à amada.

Queria saber o que é amar dificilmente. Ou melhor: o que é (simplesmente) amar.

Reflexão (4)

Acontecem-me coisas que me fazem ter a certeza de uma coisa:
Nós somos básicos. Às vezes até selvagens.

E, por feminismo, podia dizer que os homens são piores... Mas seria mentira. Somos todos do mais básico que eu já vi.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Interesses:

Educação.
Principalmente a minha.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Acordar

Fã mas condicional

Tenho de confessar que isso de ser fã de um artista ao ponto de saber tudo o que fez e em que datas fez, acabou aos 16 anos.
Agora sou fã quando sei as letras de cor. Ponto. Não sei mais do que isto e não me dou ao trabalho de nada.
Com a adolescência passa a estúpida febre de desejar o artista e de memorizar tudo o que tenha a ver com ele. Com a adolescência tornamo-nos (ou tornei-me) preguiçosos para essas coisas.
E é só por esta razão que vos digo que não sei de onde é, para onde vai ou o que fez Paolo Nutini mas ouvi-o no Tonight Show e dei-me ao trabalho de conhecer o albúm.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Por aqui

Vai-se conhecendo e apreciando Paolo Nutini.

Porque será?

Comentário lido num blog:

"... Eu tenho o mesmo problema! Tirei o meu curso e trabalhei á uns 5 anos num jornal mas não consigo arranjar trabalho desde que sai..."

Meus amigos, eu simpatizo com a situação da querida leitora...
O desemprego é mau. É revoltante! Eu concordo com a senhora. Mas talvez o facto da senhora não saber a distinção entre á (à, como ela queria dizer) e há ou entre sai e saí contribua para estar nessa situação revoltante...
Não. Nem todos temos de saber estas coisas mas, se calhar, convém saber estes pormenores(!) quando queremos trabalhar como jornalistas... Se calhar. Digo eu...

Que mundo injusto, este. A culpa? É do governo, claro.