segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Quando for grande


Várias foram as alturas da minha vida em que pensei que tinha de ser assim.
Aguento tudo. Venham mais dificuldades! Isso dá-me carácter, torna-me a pessoa que eu quero vir a ser. Faz com que dê um valor imenso ao grupo restrito de pessoas com carácter, alma e coração que conheci e hei-de conhecer. Valorizo-as.
Aquelas que lutam com sorriso nos lábios. Aquelas que sofrem verdadeiramente e quase ninguém se apercebe. Aquelas que ao serem, ensinam.
Essas ficam no meu coração e de todas aquelas que passaram pela minha vida, só recordo uma diariamente. 
Com ela tive o privilégio de estar pouco tempo. O tempo suficiente para ainda lhe dar mais valor. 
Recordo-a diariamente nas mais pequenas coisas e sorrio. Lembro-me sempre que vejo uma planta, uma flor, sempre que penso no "filhinha".
Ensinou-me a ter mais calma. 
Sempre que a recordo quando estou triste, revoltada ou magoada, acalma-me. Sorrio sempre que penso nela. Sorrio sempre que penso naquela pessoa que já não está entre nós mas dentro de nós. Dentro daqueles que, como eu, tiveram este privilégio.
Quando for grande, vou ser assim. Vou ensinar, simplesmente sendo. 
Por dar este valor, por conhecer tamanha essência, tamanha força tenho cada vez menos paciência para narcisismos, para futilidades e vitimizações.
Mas ela também tinha essa paciência. 
Penso nisso. 
Sorrio. 
Com o tempo lá chegarei, espero. Quando for grande.