sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A ira que vem

É a única que me deixa respirar quando alguém me tira o fôlego. É a única que não me censura por estar a senti-la.
É a forma mais pura e odiosa de tomar consciência que as pessoas me conseguem atingir. Conseguem magoar-me e afectar-me tanto que me levam a senti-la.
Sinto-a a fervilhar. Ninguém sabe, ninguém a sente, ninguém a ouve. Ninguém tem de ouvir, é minha. É a mim que humedece os olhos, é a mim que altera a respiração, é a mim que prejudica, é a mim que cansa e desgasta.

A minha ira é a prova da minha fraqueza.

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