Somos estúpidos ao ponto de estragar tudo e ainda pensamos que conseguimos resolver a merda que insistentemente fazemos.
A presunção de que as coisas vão acabar por se resolver é um traço de personalidade intrínseca a qualquer um de nós.
Mas não. Nem sempre resolvemos.
Nem sempre conseguimos recuperar o que estragámos.
Talvez sejamos muito burros ao ponto de deitar tudo a perder porque achamos que as coisas vão acabar por se resolver.
Ou provavelmente só estragamos aquilo que estamos dispostos a perder.
1 comentário:
Sendo a primeira vez que aqui comento, não sou levado pelo risco de destruir qualquer imagem ou de contradizer qualquer ideia que por mim houvesse sido construída.
Concordo com o que aqui se escreve, embora tenha a noção de que tantas vezes a estupidez que se permitiu fazer não é sequer compreendida pelo seu autor, e quando é ele prefere assobiar para o lado, trauteando sinfonias de rouxinol e procurando ninhos de amor nas margens de outro rio.
Porque é melhor ir nas ondas de uma partitura improvisada, do que procurar entender a pauta e regressar ao compasso inicial interpretando a peça com respeito às regras do bom solfejo.
Ou seja, muitas vezes se diz e faz coisas que não se deve, e tantas outras não se está nem aí para entender os efeitos da porcaria que se produziu e das consequências nefastas que a poia caída na calçada pode ter para quem por ali passar.
p.s. eu acho que escrever dói. Foi doloroso, talvez amanhã encontre remédio para a alucinação que acabo de estampar aqui.
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